Brasil

O NEGRO ATRAVÉS DA OBRA DE DEBRET E RUGENDAS, Prof. Augusto Paes.

           O estudo dos negros no Brasil é um belo convite para compreendermos melhor sua contribuição na sociedade brasileira.
Acontece que durante muito tempo falar dos negros na História do Brasil sempre se resumia:
            - Ao castigo – daí a imagem do tronco;
            - Ao trabalho manual nas grandes propriedades – daí a associação do negro sempre ao meio rural;
            - Aos quilombos – muitas vezes visto de modo marginalizado;

          Portanto, esses são apenas alguns dos aspectos ou visões construídas sobre o negro no Brasil. Tais visões contribuíram para que estereótipos fossem criados e persistissem até nossos dias. Afinal, quais as reais condições de vida e trabalho do negro no Brasil? Que outros aspectos podem e devem ser estudados? Ou ainda como deve ser tal estudo?
Independente de tais questões é importante destacar que é preciso superar o uso corriqueiro de imagens como elemento alegórico e ilustrativo de textos didáticos.
Precisamos percorrer não só o "fio", mas também os "rastros" das informações deixadas pelos autores. Vamos fazer isso, através de algumas imagens de artistas europeus que estiveram no Rio de Janeiro no séc. XIX e nos deixaram vários registros do cotidiano da cidade. Nossos personagens são: Johann Moritz Rugendas e Jean-Baptiste Debret.

DOCUMENTO 1


DOCUMENTO 2


DESENVOLVENDO HABILIDADES:

1. Caracterize a realidade apresentada por cada imagem.

2. Identifique se há algum elemento comum entre as imagens. Justifique.

3. Com relação ao documento 1, esclareça o que o chafariz acabava representando?

DOCUMENTO 3


DOCUMENTO 4


DESENVOLVENDO HABILIDADES:

1. Relacione a realidade apresentada nos documentos 3 e 4.

2. - Considerando a imagem 4.

a) Identifique e descreva os padrões culturais representados na imagem.


b) Observa-se a presença de crianças na imagem. Considerando o universo da escravidão no Brasil, esclareça a intenção do autor com tal representação.



ESCRAVIDÃO, ABOLICIONISMO E CIDADANIA

(Enem) Você está estudando o abolicionismo no Brasil e ficou perplexo ao ler o seguinte documento:

Texto 1
Discurso do deputado baiano Jerônimo Sodré Pereira - Brasil 1879

No dia 5 de março de 1879, o deputado baiano Jerônimo Sodré Pereira, discursando na Câmara, afirmou que era preciso que o poder público olhasse para a condição de um milhão de brasileiros, que jazem ainda no cativeiro. Nessa altura do discurso foi aparteado por um deputado que disse: "BRASILEIROS, NÃO".

Em seguida, você tomou conhecimento da existência do Projeto Axé (Bahia), nos seguintes termos:

Texto 2
Projeto Axé, Lição de cidadania - 1998 - Brasil

             Na língua africana lorubá, axé significa força mágica. Em Salvador, Bahia, o Projeto Axé conseguiu fazer em apenas três anos, o que sucessivos governos não foram capazes: a um custo dez vezes inferior ao de projetos governamentais, ajuda meninos e meninas de rua a construírem projetos de vida, transformando-os de pivetes em cidadãos.
            A receita do Axé é simples: competência pedagógica, administração eficiente, respeito pelo menino, incentivo, formação e bons salários para os educadores. Criado em 1991 pelo advogado e pedagogo italiano Cesare de Florio La Rocca, o Axé atende hoje a mais de duas mil crianças e adolescentes.
            A cultura afro, forte presença na Bahia, dá o tom do Projeto Erê (entidade criança do candomblé), a parte cultural do Axé. Os meninos participam da banda mirim do Olodum, do Ilé Ayê e de outros blocos, jogam capoeira e têm um grupo de teatro.Todas as atividades são remuneradas. Além da bolsa semanal, as crianças têm alimentação, uniforme e vale-transporte.


- Com a leitura dos dois textos, você descobriu que a cidadania:

a) jamais foi negada aos cativos e seus descendentes.
b) foi obtida pelos ex-escravos tão logo a abolição fora decretada.
c) não era incompatível com a escravidão.
d) ainda hoje continua incompleta para milhões de brasileiros.
e) consiste no direito de eleger deputados.

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